Saturday, July 18, 2009
Para inglês (e todo mundo) ver
A mostra Animação em curso traz ao público do Anima Mundi uma seleção de filmes produzidos por estudantes ou recém-formados em escolas profissionais de animação do mundo todo. Esse é o caso de On Time Off, do inglês Bill Porter. Também do Reino Unido veio Kristian Andrews, mostrar seu filme Rabbit Punch, este já na mostra competitiva. E para falar de como é o mercado em seu país natal e o uso das novas técnicas em animação, fizemos um rápido bate-papo:
Durante a apresentação do filme Bolt, o animador espanhol Leo Sanchez-Barbosa comentou que quem quer entrar no mercado de animação na Europa precisa se mudar para a Inglaterra, isso é verdade?
Bill - Acho que a animação vai bem por lá por causa do mercado publicitário que temos em Londres, que se utiliza muito da animação, talvez mais q no resto da Europa. Mas em termos de lugares para se aprender animação, outros países são muito proeminentes, como a alemanha, por exemplo.
Kristian - Fora isso, muitos saem da Inglaterra para viver melhor de animação em outros lugares onde o custo de vida seja mais baixo - é muito caro viver na Inglaterra.
E existe um público específico de animação por lá?
Kristian - Existe um circuito de festivais onde se exibem curtas. Mas pelo que vemos no Annecy (o festival internacional de animação francês ), a França parece ter um grande apetite por animação, talvez mais do que o Reino Unido. Aqui também eu tenho percebido o grande apelo que a animação tem. No Anima Mundi há gente envolvida com a industria, mas grande parte do publico vem aqui para se divertir, curtem mesmo o genero.
Nessa edição do Anima Mundi, dá pra notar uma quantidade menor de animações feitas em computação gráfica. Vocês acham que está havendo uma certo retorno ao uso de técnicas mais tradicionais, como é o caso dos seus filmes ?
Bill - Talvez haja essa tendência atual de aproximação estética com os formatos mais tradicionais, mas eu não diria que as técnicas são necessariamente tradicionais. Hoje em dia são utilizados tantos procedimentos digitais que a gente não percebe de imediato. Mas concordo que o uso de CG está sendo reinventado, e muita coisa diferente e interessante está aparecendo.
Kristian - Acho que de inicio todos se empolgaram muito com o realismo do 3D, com a CG, e acho que hoje esse frisson diminuiu. Mas faz parte da cultura da animação passar de uma tendencia a outra e seguir experimentando.
Bill - Eu nunca utilizei muito dessas tecnologias porquê na verdade nunca consegui aprender como mexê-las (risos).
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